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Sergipe precisa qualificar 62 mil trabalhadores em ocupações industriais até 2025

Aracaju/SE, 24 de Maio de 2022

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Projeção aponta que, desse total, 49 mil já têm uma formação ou estão inseridos no mercado de trabalho, mas devem se atualizar. Outros 13 mil precisarão de formação inicial 

Até 2025, o estado de Sergipe precisará qualificar 62 mil pessoas em ocupações industriais, sendo 13 mil em formação inicial – para repor inativos e preencher novas vagas – e 49 mil em formação continuada, para trabalhadores que devem se atualizar.  

Isso significa que, da necessidade de formação nos próximos quatro anos, 78% serão em aperfeiçoamento. As ocupações industriais são aquelas que requerem conhecimentos tipicamente relacionados à produção industrial, mas estão presentes também em outros setores da economia.  

O mercado de trabalho passa por uma transformação, ocasionada principalmente pelo uso de novas tecnologias e mudanças na cadeia produtiva; e, cada vez mais, o Brasil precisará investir em aperfeiçoamento e requalificação para que os profissionais estejam atualizados.  

Em todo o país, a demanda é de 9,6 milhões de trabalhadores qualificados. Os dados e a avaliação são do Mapa do Trabalho Industrial 2022-2025, estudo realizado pelo Observatório Nacional da Indústria para identificar demandas futuras por mão de obra e orientar a formação profissional de base industrial no país. 

A demanda por formação no estado por nível de qualificação será de: 

 

Nível de qualificação 

Demanda 

Qualificação (menos de 200 horas) 

38.146 

Qualificação (mais de 200 horas) 

12.508 

Técnico 

8.432 

Superior 

3.672 

TOTAL 

62.758 

 

Em volume, ainda prevalecem as ocupações de nível de qualificação, que respondem por 74% do emprego industrial no Brasil hoje. Contudo, chama atenção o crescimento das ocupações de nível técnico e superior, que deve seguir como uma tendência. Isso ocorre por conta das mudanças organizacionais e tecnológicas, que fazem com que as empresas busquem profissionais de maior nível de formação, que saibam executar tarefas e resolver problemas mais complexos.  

As áreas com maior demanda por formação são: Metalmecânica, Construção, Transversais, Logística e Transporte, e Têxtil e Vestuário. As ocupações transversais são aquelas que permitem ao profissional atuar em diferentes áreas, como técnico em Segurança do Trabalho, técnico de Apoio em Pesquisa e Desenvolvimento e profissionais da Metrologia, por exemplo. 

Estudo avalia estimativas e cenário político, econômico, tecnológico e de emprego 

O SENAI é a principal instituição formadora em ocupações industriais no país. Para subsidiar a oferta de cursos, em sintonia com as demandas por mão de obra do setor produtivo, o Observatório Nacional da Indústria desenvolveu a metodologia do Mapa do Trabalho Industrial, referência no Brasil. O estudo é uma projeção do emprego setorial que considera o contexto econômico, político e tecnológico. Um dos diferenciais é a projeção da demanda por formação a partir do emprego estimado para os próximos anos. 

 

Para esse cálculo, são levadas em conta as estimativas das taxas de difusão das novas tecnologias nas empresas e das mudanças organizacionais nas cadeias produtivas, que orientam o cálculo da demanda por aperfeiçoamento, e uma análise da trajetória ocupacional dos trabalhadores no mercado de trabalho formal, que subsidiam o cálculo da formação inicial. Um trabalho de inteligência de dados e prospectiva que deve subsidiar ações e políticas de emprego e educação profissional. 

O estudo agrupa as ocupações industriais em 25 áreas. Abaixo, as que mais precisarão formar até 2025: 

 

Áreas com maior demanda por formação (inicial + continuada) 

Área 

Demanda 

Metalmecânica 

12.174 

Construção  

10.605 

Transversais 

8.723 

Logística e Transporte 

6.671 

Têxtil e Vestuário 

4.449 

Alimentos e Bebidas 

4.239 

Couro e Calçados 

3.257 

Tecnologia da Informação 

1.842 

Automotiva 

1.637 

Eletroeletrônica 

1.428 

 

Abaixo, as ocupações com maior demanda por formação, agrupadas por nível de qualificação: superior, técnico, qualificação mais de 200 horas e qualificação menos de 200 horas: 

SUPERIOR 

Voltados para quem tem o ensino médio completo ou equivalente, visam a formação de um bacharel ou licenciado. São de longa duração, com carga horária mínima de 2.400 horas, sendo que algumas chegam a 7.200 horas. 

 

Ocupação 

Demanda emformação inicial 

Demanda em aperfeiçoamento 

Analistas de tecnologia da informação 

99 

668 

Engenheiros civis e afins 

96 

249 

Gerentes administrativos, financeiros, de riscos e afins 

56 

236 

Gerentes de produção e operações em empresa da indústria extrativa, de transformação e de serviços de utilidade pública 

45 

236 

Gerentes de comercialização, marketing e comunicação 

41 

190 

TÉCNICO 

 

Cursos técnicos têm carga horária entre 800h e 1.200h (cerca de 1 ano e 6 meses) e são destinados a alunos matriculados ou egressos do ensino médio.  

 

Ocupação 

Demanda emformação inicial 

Demanda em aperfeiçoamento 

Técnicos de controle da produção 

96 

581 

Técnicos em eletricidade e eletrotécnica 

72 

426 

Técnicos em operação e monitoração de computadores 

98 

373 

Técnicos em eletrônica 

137 

358 

Técnicos de desenvolvimento de sistemas e aplicações 

73 

301 

QUALIFICAÇÃO + DE 200 HORAS 

 

Os cursos de qualificação são indicados a jovens e profissionais que buscam desenvolver novas competências e capacidades profissionais para a inserção em uma ocupação. Esses cursos não demandam um nível de escolaridade específico. Ao final, o aluno recebe um certificado de conclusão.  

 

Ocupação 

Demanda emformação inicial 

Demanda em aperfeiçoamento 

Operadores de máquinas para costura de peças do vestuário 

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