METAL-MECÂNICA: Serviços do setor melhoram com a capacitação profissional
Com uma multiplicidade de atividades relacionadas com a transformação de metais, reparação e fabricação de máquinas e componentes para equipamentos industriais além de serralheria e fundição, dentre outros...
Aracaju/SE, 09 de Janeiro de 2020

Setor está em amplo crescimento

O maior torno do estado de Sergipe
Com uma multiplicidade de atividades relacionadas com a transformação de metais, reparação e fabricação de máquinas e componentes para equipamentos industriais além de serralheria e fundição, dentre outros, o segmento metal-mecânica, em franco crescimento no Estado, encontra, como não poderia deixar de ser e por força do avanço tecnológico, empecilhos que precisam ser superados.
“As dificuldades se apresentam também como desafios”, comenta Cícero Barros, presidente do Sindicato das Indústrias Metal-Mecânicas que reúne 45 empresas do setor. Para ele a falta de mão-de-obra qualificada é um grande entrave que vai sendo superado gradativamente graças ao apoio do Sistema Indústria, através do SENAI, com a realização de cursos específicos como Habilitação Técnica de Nível Médio em Mecânica Industrial, Programação em Torno CNC, Soldagem Eletrodo em Nível I/Chaparia e Torneiro Mecânico. O apoio do SENAI tem sido decisivo para as empresas do setor, porém o avanço tecnológico com a aquisição de novos maquinários torna caro os serviços, normalmente com mão-de-obra importada, já que técnicos são resgatados de outros estados do país. Na opinião de Cícero a ação em prol da capacitação profissional para o setor é inadiável.
Outro problema que afeta diretamente o setor metal-mecânico é a elevada carga tributária incidente sobre matérias primas, especialmente o ICMS, cobrado em nível superior aos estados da região sudeste, onde São Paulo conta com margem diferencial de 10% em relação a Sergipe.
Com um parque industrial pequeno em comparação a outras unidades da federação, o setor não tem incentivos para investir em tecnologia, já que a demanda pequena, não proporcionaria o resgate do investimento. “Apenas 5% das indústrias de Sergipe têm demanda externa em metal-mecânica” comenta o empresário.
No estado o maior consumidor do ramo é a construção civil, seguido pelo setor petrolífero e outros que buscam a manutenção de equipamentos através de serviços de tornearia, em custo menor que a aquisição de equipamentos novos, já que podem ser fabricados sem perda de qualidade.