Superintendente Corporativo com representantes dos sindicatos associados

A Confederação Nacional da Indústria (CNI) realizou nos dias 28 e 29 deste mês, em Brasília, o 3º Encontro Nacional da Indústria (ENAI). O evento teve a participação de cerca de 900 empresários, dirigentes sindicais patronais e presidentes das federações estaduais de indústria e das associações setoriais que compõem o Fórum Nacional da Indústria.

O ENAI foi cenário para debates sobre os resultados das ações da CNI como protagonista de iniciativas que permitam ao país avançar na sua agenda de desenvolvimento e modernização. Encontro de integração das entidades de representação da indústria, o ENAI também se constituiu em oportunidade para o alinhamento de posições e direcionamentos, visando tornar mais coesa a atuação dessas instituições.

Os participantes do encontro consolidaram a Carta da Indústria, que aponta uma agenda emergencial e sugere a retomada da agenda de longo prazo do país. As cinco medidas da agenda emergencial têm como objetivo aumentar a liquidez e garantir o acesso ao crédito para que as empresas possam manter os negócios em meio às turbulências no mercado financeiro.

A agenda de longo prazo tem como prioridade a reforma tributária. De acordo com a Carta da Indústria, a reforma deve simplificar o sistema de arrecadação de impostos e desonerar as exportações e os investimentos. Além disso, sugere o corte de gastos correntes do governo e a ampliação dos investimentos em infra-estrutura, a redução dos encargos trabalhistas, incentivos à inovação e aperfeiçoamento dos marcos regulatórios do meio ambiente.

Além da Carta da Indústria, os participantes do 3º ENAI consolidaram o documento Recomendações e Propostas , que contém diagnósticos e sugestões nas áreas de tributação, inserção internacional das empresas, infra-estrutura, inovação, legislação trabalhista e meio ambiente.

Na cerimônia de encerramento do evento, os dois documentos foram entregues pelo presidente da CNI ao vice-presidente da República, José Alencar, aos ministros Fernando Haddad, da Educação, e Carlos Luppi, do Trabalho, aos presidentes da Câmara, Arlindo Chinaglia (PT-SP) e do Senado, Garibaldi Alves (PMDB-SP).