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Cerâmica não é o patinho feio do meio ambiente

A ideia que a indústria cerâmica é uma grande vilã do meio ambiente é equivocada e vem caindo por terra quando o setor, através do Sindicerâmica, tem buscado alternativas para minimizar o impacto da produção.

Aracaju/SE, 09 de Janeiro de 2020

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A ideia que a indústria cerâmica é uma grande vilã do meio ambiente é equivocada e vem caindo por terra quando o setor, através do Sindicerâmica, tem buscado alternativas para minimizar o impacto da produção de tijolos e telhas, entre elas o aproveitamento de resíduos e o plantio de árvores.


O aproveitamento de resíduos de outras áreas produtivas tem sido uma das principais ações das cerâmicas sergipanas. Há o aproveitamento de costaneira, e do pó de serra e outros resíduos de serraria e carpintarias, do bagaço de cana e do coco, de galhos e restos oriundos da renovação dos laranjais e de restos de material de construção. O setor cerâmico faz  uma espécie de faxina em vários outros setores produtivos para uso em fornos de queima dos tijolos e telhas.


A iniciativa junto aos canteiros de obras da indústria de construção civil diminui consideravelmente o volume de entulho e a prática já se tornou uma parceria salutar entre as indústrias cerâmicas e os canteiros de obras espalhados por todo o estado. Outra parceria interessante está sendo realizada com os catadores de lixo que recolhem todo material que pode ser  transformado em combustível para os fornos e negocia com as cerâmicas em troca de materiais.


O sindicato também está conscientizando os ceramistas para o plantio de árvore prevendo uma produção de tijolos e telhas a médio prazo limpa e sustentável. Essa ideia se apoia num caso concreto de uma empresa sergipana que já produz toda a madeira utilizada nos fornos mostrando a possibilidade da autossuficiência. A prática prevê ainda a obtenção de uma nova  modalidade  lucros para o setor cerâmicos com crédito de carbono. Uma outra empresa do setor já contabiliza lucros com o recebimento de   3ª parcela do crédito.


A preocupação do setor não para por aí. Os locais onde é feita a  extração de argila estão sendo transformados em tanques  para a criação de peixes e acabam virando fonte de água para os animais nas regiões mais áridas (agreste e centro sul do estado). Além disso, o sindicato tem investido e conscientizado os associados para a colocação de filtros nas chaminés dos fornos das indústrias cerâmicas. A iniciativa já conta com a adesão de boa parte das cerâmicas do estado. O Sindicato intermediou a  prática de um preço mais acessível junto as empresas que fabricam o filtro para levar essa tecnologia a todos os empresários do setor  com intuito de garantir a qualidade do ar que saí das chaminés.


O fato mais recente nessa mudança de conceito é a aprovação de uma linha de crédito para os fornos das fábricas de telhas que vinha sendo pleiteada pelo Sindicato junto a diretoria do  Banese. Essa ação pode ser a alavancagem que o setor precisava para agilizar os processos de adequação dos fornos para a colocação dos filtros e retirar de vez a ideia que a indústria cerâmica é poluidora. O valor do crédito pode chegar a  R$ 72 mil reais e estará disponível em todas as agências do Banese.

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