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21ª Reunião do Fórum Nacional da Indústria

O Fórum Nacional da Indústria (FNI), reunido na sede da Associação Brasileira de Cimento Portland (ABCP), em São Paulo, reconhece os efeitos da crise global sobre o setor produtivo e indica a necessidade de ajustes da política macroeconômica.

Aracaju/SE, 09 de Janeiro de 2020

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O Fórum Nacional da Indústria (FNI), reunido na sede da Associação Brasileira de Cimento Portland (ABCP), em São Paulo, reconhece os efeitos da crise global sobre o setor produtivo e indica a necessidade de ajustes da política macroeconômica. Pesquisa realizada pela CNI apontou impacto da crise em 88% das empresas consultadas e revisão de investimentos em 77% delas.

O FNI identifica a oportunidade de adequação imediata da política monetária, uma vez que, com a crise internacional, a política econômica não pode mais se apoiar unicamente no binômio câmbio valorizado e juro alto. É fundamental manter princípios de austeridade fiscal, ampliando os investimentos e reduzindo as despesas correntes. 

Tais mudanças deverão permitir às empresas enfrentar em melhores condições a instabilidade originada pelo novo cenário mundial, criando condições para a preservação dos níveis de emprego e renda no País.

É indispensável prosseguir com medidas emergenciais de recomposição da liquidez e das condições de crédito, como a redução dos compulsórios e a criação de linhas especiais. As principais ações que asseguram o acesso ao capital de giro e promovem a manutenção da atividade e do investimento são:
- ampliação do prazo para recolhimento de tributos federais e estaduais;
- agilização no uso de créditos tributários, com a minimização de procedimentos burocráticos;
- redução do IOF;
- redução do spread bancário, com maior indução pelos bancos oficiais;
- agilização de pagamentos a fornecedores.

Neste contexto, é essencial criar mecanismos de estímulo para que instituições financeiras disponham-se a liberar os recursos disponíveis no sistema bancário, aumentando o crédito às empresas.

Reforma Tributária

O Fórum reconhece a necessidade da adoção de medidas que elevem a competitividade das empresas e, neste sentido, reitera a urgência na aprovação da proposta de reforma tributária em tramitação no Congresso Nacional. 
 
Esta é uma janela de oportunidade de modernização do sistema brasileiro, que não pode ser desperdiçada. É preciso, contudo, promover ajustes e aperfeiçoamentos imprescindíveis, com vistas à melhoria do ambiente de negócios e garantias do contribuinte.

Há dois princípios fundamentais inegociáveis:
- a neutralidade da reforma no que diz respeito à carga tributária, que não pode subir. 
- garantia de amplo direito de apropriação de créditos tributários de IVA Federal e ICMS.

No que se refere à neutralidade, são inaceitáveis aumentos de arrecadação tributária decorrentes da definição das novas alíquotas, bem como dispositivos que conduzam à elevação de carga, a exemplo do aumento da contribuição financeira sobre a exploração mineral.

Quanto à garantia do direito de apropriação de créditos, é preciso assegurar cronogramas mais céleres para a desoneração do investimento e para os bens de uso e consumo.

Os membros do Fórum apelam às forças políticas da Nação para que construam imediatamente um marco de entendimento voltado à aprovação da reforma.

A indústria brasileira reafirma seu compromisso com o desenvolvimento e manifesta confiança na capacidade do País de superar adversidades.

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